Cozumel, uma pequena ilha no Caribe Mexicano, com águas quentes e temperaturas agradáveis, mesmo no inverno. Chegamos na Ilha com uns 4 dias de antecedência, o que foi bom, pois a viagem foi bem cansativa, especialmente a espera para passar na alfândega mexicana (1:30 minutos).
A Ilha é muito bonita, o povo é extremamente simpático. A cidade vive o clima de Ironman. Ficamos hospedado no Hotel Cozumel & Resort, o qual recomendo muito. Escolhemos o plano all inclusive e foi bem interessante. As refeições eram ótimas, bem balancedas.
Muitos brasileiros fizeram a prova, se não me engano, mais de 130 deles. Acredito que até em função do clima, da cultura e da facilidade da língua, Cozumel atraia muitos brasileiros.
Bom, vamos ao relato da prova.
Pré-prova: Dormi muito bem, acordei bem cedo (4 AM) e tomei café no quarto. Comi pouco mais de meio panetone e 2 copos de suco de pêssego em caixa. Pouco mais de meio panetone é muito carboidrato. Costumo comer isso antes das provas e me sinto muito bem. 5:30 AM saímos do hotel e fomos para o local da largada.
Natação: O mar em Cozumel é lindo. Visibilidade 100%, quente, muito sal, o que garante uma flutuabilidade ótima. Perfeito não? Sim, com exceção da forte corrente. E neste dia (na verdade no dia anterior) o tempo mudou. A correnteza estava brutal. A situação estava tão complicada que ao que parece quase 700 pessoas não completaram a perna da natação. Muitos desistiram antes de entrar, outros desistiram no meio da prova e muitos, mas muitos mesmo, chegaram depois das 2:20 de tempo máximo. No meu caso, a prova foi de grande valia, pois a natação é o meu ponto fraco. Uma prova sem wetsuit, com uma correnteza brutal, com a largada de dentro da água, num ponto em que não da pé... não é tão simples. Acredito que a preparação mental para a prova me ajudou bastante. Até a primeira bóia nadamos cerca de 800 metros. No contorno da bóia o aglomerado foi muito grande; apanhei muito e meu óculos estourou. Começou a entrar água, o que deixou meu olho muito irritado. Terminei a etapa de natação com a visão bem comprometida. Primeira bóia contornada, nadamos alguns metros mar adentro e contornamos outra bóia. Agora a parte mais fácil. Cerca de 1.800 metros com a corrente à favor. Finalmente os 800, ou 900 metros finais. Achei que estava tranquilo, mas está foi a parte difícil da prova. A correnteza era tão forte, mas tão forte, que durante muito tempo nadei sem nenhum progresso. Era possível avaliar claramente isso, pois a visibilidade era total. Você conseguia ver algumas pedras no fundo do mar e, para seu desespero, verificar que elas continuavam lá, depois de muito esforço. Após 2:05 hs saí do mar... ufa!
Bike: A minha transição foi tranquila. Aproveitei para me hidratar bem e tomar um gel. Sapatilha nos pés e vamos pedalar. A minha bike para esta prova, uma Cervelo P1, não estava com um bom bike fit, de modo que sofri muito na prova, pois não conseguia ficar numa posição aero. O vento na Ilha é brutal. Muito forte mesmo. São 3 voltas, cada uma de 60 km. Dizem que você pedala 20 km com vento contra, 20 km com vento lateral e 20 km com vento à favor. Dizem, pois este ano, em 2012, não teve o tal vento à favor. Em vez disso ele veio transversal, meio lateral, meio contra. Bom foi um massacre. Para completar, meu pneu furou na segunda volta. Eu, como estava sem os equipamentos para troca, tive que aguardar socorro, o que me tomou quase 40 minutos. Além do tempo perdido, ter ficado parado foi bem complicado. Mas pneu novo, tudo em seu lugar, vamos em frente e bike finalizada. Agora falta só uma maratona.

Corrida: Comecei a corrida me sentindo muito bem. Meu pace estava 5 minutos por KM. Encontrei alguns amigos do Brasil na corrida, mas meu ritmo estava muito mais forte, de modo que segui em frente. Até metade da prova as coisas estavam bem. Foi quando senti uma pequena fisgada na panturilha direita. Fiquei na dúvida se seria caimbrã, ou se seria alguma distensão muscular. Como tive uma distensão leve na panturrilha em 2012, fiquei com muito medo de forçar. Apesar de estar me sentindo muito bem, sem nenhum cansaço, andei um pouco, me hidratei, me alimentei (gel e pretzel) e retomei a corrida em ritmo bem lento. Corri cerca de 500 metros, não senti nada e resolvi forçar mais o ritmo. Novamente a dor, a fisgada. Na hora tomei a decisão! Vou andar e terminar a prova. Claro que não era o que eu gostaria, mas naquele momento, em função de todas as circunstâncias e dificuldades impostas pela prova, me pareceu a decisão mais sensata.
Pois bem, missão cumprida, IM Cozumel concluído e em 2013 vamos voltar lá para tentar corrigir os erros e aprender mais um pouco. Para quem não nadava 25 metros numa piscina, nada mal terminar um IM, duro como este, em 25 de novembro de 2012.
Show de relato. Parabens
ResponderExcluirFala Xampa, tudo bem?
ResponderExcluirObrigado e um forte abraço.
Pandeló.
Parabéns, experiência sensacional!
ResponderExcluirValeu Ballotto.
ExcluirEste ano volto prá lá!
É uma prova que recomendo.
Grande abraço!