Entrevista com Guilherme Manocchio

Bom, antes de mais nada, um agradecimento especial ao Guilherme Manocchio, que gentilmente aceitou o convite para a entrevista. Extremamente simpático e muito simples, características essenciais para um grande atleta. Muito obrigado Manocchio e muito sucesso na temporada!!!
 
 
1) Dados pessoais
Meu nome é Guilherme Manocchio. 1m80, 74kg sou técnico da equipe Manocchio Team e resido e treino em Curitiba. Sou patrocinado pela Asics , a Japi (fabricante de metais sanitários e acessórios e móveis pra banheiro) e a Performance Nutrition. Tenho suporte de outras marcas também: a Kuota (bike), Aquasphere (natação), Catlike (capacete e óculos) e shimano (peças de bicicleta). Brychta bikes e Academia Gustavo Borges.

2) Conte um pouco a sua trajetória no triatlo
Ingressei no esporte ainda criança, com 12 anos. Vim do atletismo e me admirei com a dificuldade e os desafios do triathlon. Gostei muito da prática desse esporte e logo estava treinando sério, virando profissional com 18 anos. Aos 25 anos venci minha primeira prova e há 1 ano e meio (com 29 anos) minha primeira prova internacional no Chile.

3) Que tipo de prova mais gosta (olímpico, 70.3, IM). E qual menos gosta?
Gosto mais das provas de distâncias mais longas, pela superação contida nisso. Contudo as provas mais curtas me desafiam sempre, pois são intensas e muito disputadas. Na realidade gosto muito de treinar e competir!

4) Qual é a sua melhor disciplina no triatlo?
Sinceramente, a que eu me dedicar mais. No início da minha carreira tinha dificuldade na natação. Hoje em dia, já as tenho equilibrada e se eu me dedicar mais tempo acabo melhorando uma coisa mais que as outras. Dependendo do tipo de prova especifico mais o treino em determinada modalidade..

5) Como é a sua rotina de treinos?
Inicia sempre com um ciclismo pela manha, de 2 a 3 horas, seguido de uma corrida de 30min a 1h30. A parte da tarde é destinada a natação e algumas vezes na semana musculação e alongamentos.

6) O que deveria mudar para que novos talentos despontassem com mais facilidade?
Deveria ter uma base mais forte no Triathlon. Vários centros de treinamentos, em várias cidades do Brasil. Tal como ocorre no vôlei, o triathlon deveria ser estimulado porque o Brasil tem muito talento.

7) Que dicas você pode dar para quem deseja iniciar no triatlo?
Que é um esporte diferenciado que irá desafiá-lo a cada dia, mas trará bastantes recompensas. Físicas, emocionais e psicológicas. Aprenda a apreciar cada modalidade desse esporte qu e você estará bem encaminhado e satisfeito com o conjunto.

8) Como é ser atleta profissional no Brasil?
É incrível, mas não muito fácil. É uma profissão gratificante e emocionante, contudo muitos profissionais acabam exercendo outras atividades em paralelo (técnicos de equipe, assessorias esportivas, etc) a afinal embora algumas empresas acreditem no esporte, viver exclusivamente disso ainda é para poucos.
9) Qual foi o seu momento mais gratificante no triatlo?
Vencer é sempre muito gostoso e todas as vezes que ganhei uma prova foi especial. Já o momento singular foi a chegada do Ironman Brasil 2011, que fiquei em segundo lugar. Tive muitas dificuldades antes daquele dia e tudo ficou para trás em uma chegada impressionante!!

10) Quais são os seus projetos futuros dentro do triatlo?
Relacionado a provas ainda pretendo fazer o Ironman Wisconsin esse ano, nos EUA. E, obviamente, continuar evoluindo e incentivando esse esporte que sempre me trouxe tantas emoções.

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